Despiste (ilusionismo)

No quadro O Conjurador, de Bosch, o personagem à esquerda rouba um item de um espectador que observa atentamente a execução de um truque de mágica

No magia teatral, despiste (ou desorientação, do Inglês misdirection) é uma forma de enganação em que o artista manipula a atenção da audiência, atraindo-a para algo a fim de distraí-la de outra coisa. Seja em truques simples ou grandes produções, é o segredo central do ilusionismo. O termo pode descrever tanto o efeito (que o observador foque em um objeto sem importância) quanto o passe de mágica ou a fala que cria esse efeito.

É difícil dizer quem cunhou o termo misdirection, mas algumas das primeiras referências aparecem nos escritos dos ilusionistas e escritores Nevil Maskelyne e Harlan Tarbell.[1][2]

Os ilusionistas desviam a atenção do público de duas maneiras principais. Uma é induzir o público a desviar o olhar por um breve momento a fim de que não perceba determinado truque ou movimento. Outra abordagem reestrutura a percepção dos espectadores, distraindo-os e fazendo-os pensar que certo fator tem grande influência na realização do ato, quando na verdade não existe nenhuma relação com o efeito. Dariel Fitzkee observa que "a verdadeira habilidade do ilusionista está na exibição de sua habilidade de influenciar a mente do espectador."[3] Às vezes, até um simples apetrecho como uma "varinha mágica" ajuda no despiste.[4]

  1. Maskelyne, Nevil; Devant, David (1946). Our Magic 2ª ed. New Jersey: Fleming Book Company/Magic Limited. p. 117 
  2. Tarbell, Harlan (1971). The Tarbell Course in Magic Vol. 1. Brooklyn: D. Robbins 
  3. Fitzkee, Dariel (1975). Magic by Misdirection. Oakland: Magic Limited, Lloyd E. Jones. p. 33 
  4. Lantiere, Joe (2004). The magician's wand : a history of mystical rods of power. Olde World Magick Rev ed. Oakville, CT: [s.n.] ISBN 9780962769559 

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